Escola no Rio ganhou mais cor e arte pelas mãos dos alunos

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Uma ideia genial mudou o visual da Escola Municipal Bernardo de Vasconcellos, no bairro da Penha do Rio de Janeiro, e trouxe mais cor e tornou-se mais agradável para quem estuda lá. Antes um imóvel cinza, com paredes pichadas e de aparência triste, hoje grafitada com temas de interesse na aprendizagem dos alunos.

A ideia transformou a escola numa galeria de arte e fez parte de um projeto que envolveu os alunos, a direção, professores e o artista Angelo Campos, que vive no bairro. Motivados pela orientação do artista, os alunos participaram da elaboração dos desenhos e pintura nos muros  e paredes. Muitos fatos da história do mundo foram destacados  como a herança africana, figuras como Albert Einstein e Nelson Mandela, mensagens motivacionais e tantos outros.

O projeto foi desenvolvido em 2017 e fez os alunos perceberem a escola como um lugar de Ser e Pertencer. Este foi o nome dado para a iniciativa que trouxe estímulo e vontade aos alunos de curtir o espaço como um local que transcende ao fato simplesmente estudar, como também desenvolver laços afetivos.

Angelo Campos é muralista e faz arte como denuncia de uma parte do Brasil sem oportunidades. Os murais de Campos trazem o olhar de fora para dentro da favela.As intervenções artísticas de Angelo Campos são tocantes, fortes, marcadas pela sua sensibilidade e emoção diante da vida.

Mesmo em tempo de pandemia, em que as escolas estão fechadas, vale a pena mostrar este projeto bem sucedido numa região de periferia no Rio de Janeiro. Ideias boas devem ser copiadas e divulgadas sempre. Em tempo de pandemia aproveita-se para refletir sobre o assunto. Que tal seguir o exemplo e na volta às aulas colocar a ‘mão na massa’ e mudar o jeito austero da maioria das escolas no Brasil. Que tal transformá-las em escolas, galeria de arte, como fez a Bernardo de Vasconcellos?

 

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About Author

Mari Weigert é jornalista com especialização em História da Arte pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Atuou na área de cultura como jornalista oficial do Governo do Paraná. Durante um ano participou das aulas de crítica de arte de Maria Letizia Proietti e Orieta Rossi, na Sapienza Università, em Roma. Acredita nas palavras bem ditas ou 'benditas', ou seja, bem escritas, que educam, que seduzem pelos significados, pela emoção ao informar sobre a arte da vida que se manifesta nas relações afetivas, na criação artística, nos lugares, na natureza e na energia do Universo.

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